A cidade de São Paulo, uma das maiores do mundo, está abandonada. Não é de hoje que os principais serviços não funcionam. Trânsito engarrafado, segurança pública, limpeza, asfalto, enchentes, árvores caídas, semáforos que se desligam ao efeito de qualquer chuva e o transporte público, que só não é pior, graças ao metrô.
São serviços que vem se deteriorando ao longo do tempo, e em vários governos. As últimas fortes chuvas desnudaram essa situação caótica que vive a cidade e seus políticos ao longo do tempo, pouco ou quase nada fazem. A Câmara Municipal e os seus vereadores estão cada vez mais preocupados com os cargos que são loteados na Prefeitura do que no bem-estar da população. Dinheiro não falta, tanto é que ao se aproximar das eleições, procuram fazer o que foi abandonado. Um exemplo, são as ruas e avenidas esburacadas, que agora, às vésperas do próximo pleito municipal, tem asfalto por todos os lados. Porque nada foi feito nos anos anteriores e só agora tem esse corre-corre de tapar buracos.
De repente se descobriu um vilão, a empresa que cuida da eletrificação da cidade e a manutenção das árvores. Não é de hoje que esse trabalho não atende as necessidades. Vale lembrar que no passado, outras empresas do setor também deixaram a população na mão quando necessário. São Paulo está à mercê de catástrofes e é preciso um plano ousado e abrangente para atender as emergências e não colocar a culpa nas mudanças climáticas e só.
A culpa não é só do administrador atual, mas de todos os anteriores que deixaram chegar aonde chegamos.
Daqui um ano teremos a oportunidade de escolher novos governantes. Temos que ficar atentos porque a campanha já começou e corremos um grande perigo da situação só piorar. Precisamos de candidatos que apresentem planos para cidade e não de radicais do apocalipse.
Helvio Borelli é jornalista
Tem toda razão o caro articulista. Estamos chegando às eleições municipais mas, pelo visto, não teremos candidatos ideais. E São Paulo continuará sofrendo.