A probabilidade de você que está lendo este artigo já ter sido assaltado/furtado é bastante grande. Pasmen, 51% dos brasileiros, atualmente, já foram roubados, ou seja, cerca de 110.000.000 se tornaram vítimas de marginais nas ruas da terra brasilis. Verdadeiro descalabro, pior ainda porque nesse total não estão computadas pessoas que foram vitimadas por outras modalidades criminosas, tais como: estupro, homicídio, sequestro do pix, estelionato, crimes digitais entre tantos outros delitos.
Pesquisa inédita da Quaest em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, trouxe verdadeiro RX dos números envolvendo a criminalidade. 85% das pessoas entrevistadas alegaram conhecer alguém próximo que já fora assaltado/furtado. 83% dos brasileiros acreditam que o crime organizado tem crescido nos últimos anos e 93% tem a percepção que os bandidos estão mais preparados e profissionais.
Recentemente, participei de um podcast e depois de citar estatísticas policiais, me fizeram a seguinte pergunta:
Lordello, como resolver o problema da alta criminalidade no Brasil?
Arregalei os olhos e reperguntei:
Por onde você quer que eu comece a explicar?
O apresentador ficou um tanto confuso e pediu para eu indicar caminho para diminuição do problema. Sem hesitar, afirmei que era de uma complexbilidade gigantesca e fiz a seguinte comparação:
“Imagine um prédio com 200 apartamentos no centro de São Paulo que não passa por manutenção preventiva há mais de 30 anos. O condomínio está deteriorado por completo. A estrutura, por causa das infiltrações, foi abalada. Rachaduras com mais de dois dedos de largura são vistas em diversas localidades do antigo empreendimento. A parte elétrica é da década de 40 e a possibilidade de incêndio é enorme. Elevadores pararam de funcionar têm 18 anos. Todo encanamento é de ferro e está enferrujado, por isso as goteiras e infiltrações estão na maioria dos apartamentos”.
Depois que terminei de relatar os problemas do edifício, perguntei ao apresentador:
Qual a solução para esse prédio?
A resposta foi inteligente:
“Lordello, em razão de tantos problemas estruturais, é melhor derrubá-lo e construir um novo. Pelo jeito não adianta remendar o prédio atual”.
A mesma resposta pode ser oferecida para o sistema atual de segurança pública e justiça criminal.
JORGE LORDELLO