Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Aceitar
  • Home
    • Conheça o Orbisnews
  • Autores
  • Blog
  • Categorias
    • Administração
    • Brasil
    • Cultura
    • Clima
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Família
    • História
    • Jornalismo
    • Justiça
    • Meio Ambiente
    • Mobilidade
    • Mundo
    • Política
    • Saúde
    • Segurança
    • Tecnologia
    • Turismo
  • Contatos
    • Assessorias de imprensa
    • Saiba Como Divulgar Artigos no Orbisnews
Lendo Além da Maconha: decisão do STF sobre descriminalização reflete uma nova era para os Direitos Humanos. Por Dinovan Dumas
Compartilhar
0 R$ 0,00

Nenhum produto no carrinho.

Notificação
Redimensionador de fontesAa
Redimensionador de fontesAa
0 R$ 0,00
  • Home
  • Blog
  • Planos-de-assinaturas
  • Contatos
  • Home
    • Conheça o Orbisnews
  • Autores
  • Blog
  • Categorias
    • Administração
    • Brasil
    • Cultura
    • Clima
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Família
    • História
    • Jornalismo
    • Justiça
    • Meio Ambiente
    • Mobilidade
    • Mundo
    • Política
    • Saúde
    • Segurança
    • Tecnologia
    • Turismo
  • Contatos
    • Assessorias de imprensa
    • Saiba Como Divulgar Artigos no Orbisnews
Tem uma conta existente? Entrar
Siga-nos
  • Advertise
© 2024 ORBISNEWS | Todos os direitos reservados.
> Blog > Categorias > Justiça > Direito > Além da Maconha: decisão do STF sobre descriminalização reflete uma nova era para os Direitos Humanos. Por Dinovan Dumas
DestaquesDireito

Além da Maconha: decisão do STF sobre descriminalização reflete uma nova era para os Direitos Humanos. Por Dinovan Dumas

Dinovan Dumas
Ultima atualização: agosto 1, 2024 11:18 pm
Por Dinovan Dumas 7 leitura mínima
Compartilhar
Compartilhar

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que descriminaliza o porte de maconha para uso pessoal tem gerado um turbilhão de opiniões, com um consequente e acalorado debate que vem sendo alimentado por um profundo desconhecimento sobre a essência do entendimento que foi firmado. É importante, então, que sejam feitos alguns esclarecimentos, para que a discussão possa ser realizada com um pouco mais de profundidade (e menos achismos).

Primeiro, é preciso dizer que a decisão do STF não legaliza o consumo de maconha no Brasil. Quem afirma isso não está interessado em estabelecer um debate sério sobre o assunto. A decisão da Suprema Corte institui uma regra segundo a qual a pessoa que for flagrada com até 40 gramas de maconha será presumivelmente considerada como usuária, sem que isso faça com que o uso de maconha deixe de ser visto pela lei e pelo próprio Poder Judiciário como um ato ilícito, isto é, contrário à lei, embora deixe de ser considerado um crime.

É provável que o usuário de maconha branco, com elevado nível de escolaridade e alto poder aquisitivo, não sinta os efeitos que derivam dessa decisão. Ele continuará sendo considerado usuário e, se for levado para a delegacia, receberá uma advertência singela e sairá de lá com pressa para não perder a sessão das 4:20. Quem compreenderá a verdadeira [e esperada!] dimensão dessa mudança de entendimento serão os jovens pretos e pobres que moram no extremo leste de São Paulo. Especialmente se o Governo Federal aproveitar o embalo e conduzir com mãos de ferro o avanço que a luta contra o racismo estrutural e a promoção dos direitos humanos efetivamente precisam.

O Núcleo de Estudos Raciais do Insper fez um levantamento interessante, recentemente divulgado pela Folha de S. Paulo. Eles reuniram boletins de ocorrência de 2010 a 2020 e constataram, entre outras coisas, a influência do tipo de droga e do grau de instrução da pessoa detida na conduta adotada pela polícia. Constataram também que 31 mil pessoas pardas e pretas foram enquadradas como traficantes em situações similares àquelas em que brancos foram tratados como usuários. Um número expressivo e suficiente para lotar 40 dos 43 Centros de Detenção Provisória (CDP) masculinos do estado de São Paulo. Em resumo, o estudo assinado por Daniel Duque, Alisson Santos e Michel França aponta que a possibilidade de ser qualificado como traficante é 1,5% maior se o suspeito ou a suspeita for preto ou pardo em relação ao que ocorre se ele for branco (sempre considerando a mesma quantidade de droga, a mesma substância, mesma idade etc.).

Não é preciso muito esforço intelectual, então, para concluir que esses dados denunciam de forma absurdamente clara a maneira como a população preta e pobre é vista pelas autoridades públicas. Ou melhor, pela polícia. É de fácil percepção que a aplicação desigual da lei no Brasil tem impactado desproporcionalmente a população negra, de modo que a decisão do STF traz um certo alívio para quem tem algum tipo de preocupação com este tipo de tema no Brasil, sinalizando uma mudança necessária na percepção sobre equidade racial. É um chamado à reflexão sobre como nossas políticas públicas e práticas sociais perpetuam desigualdades que não podem mais ter espaço na sociedade.

Outro ponto de destaque está na oportunidade que o STF ofereceu ao Governo. Parafraseando um ex-ministro qualquer, é hora de o Poder Executivo “passar a boiada” e estabelecer um novo direcionamento para a questão, fazendo prevalecer as políticas focadas em saúde e direitos humanos, haja vista que elas têm o potencial de reduzir o racismo intrínseco à sociedade, a estigmatização dos usuários e a facilitação do seu acesso a empregos, educação e assistência social. Vale registrar que este tipo de postura caminha em linha com as recomendações de organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), que defendem que o tratamento da dependência de drogas deve ser feito de maneira não discriminatória e focada na saúde.

Essa reorientação é corroborada por evidências internacionais que demonstram a eficácia da redução de danos em comparação com a criminalização. Países como Portugal e Canadá oferecem modelos bem-sucedidos que o Brasil pode aspirar, onde a integração de serviços de saúde mental e tratamentos de dependência mostrou resultados positivos na recuperação de usuários e na diminuição de danos sociais e econômicos.

Mas não é só. O impacto econômico também é significativo. Nos Estados Unidos, por exemplo, os estados que decidiram legalizar a maconha têm visto um aumento significativo na receita fiscal. Em 2023, a receita total de impostos coletados por todos os estados norte-americanos com a maconha ultrapassou US$ 4,18 bilhões. O estado da Califórnia, especificamente, arrecadou US$ 1,1 bilhão em impostos sobre vendas de maconha.

Aumentou também o número de empregos. Também nos Estados Unidos, a indústria legal da maconha tem gerado um número considerável de empregos. A chamada indústria canábica devidamente licenciada adicionou mais de 23 mil novos empregos, empregando agora mais de 440 mil trabalhadores em tempo integral, somente em 2023. Entre 2017 e 2022, a indústria experimentou um crescimento anual de dois dígitos.

É impossível não considerar, então, que descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal está relacionado com uma ideia inteligente de reformar a nossa visão sobre a sociedade como um todo. É um reconhecimento de que as velhas abordagens punitivas falharam não apenas em controlar o uso de drogas, mas também em proteger os mais vulneráveis. Com essa decisão, o Brasil se posiciona de forma alinhada com um movimento global por justiça e humanidade, desafiando a sociedade a reimaginar nosso sistema de justiça. E o meu desejo sincero é que esta seja a primeira de muitas vitórias para a turma dos direitos humanos.

Você também pode gostar...

Vai reclamar no SAC de uma empresa. Saiba o que fazer! Por Celso Russomanno

A luz do sol sempre será o melhor desinfetante… Por Roberto Livianu

A omissão penalmente relevante e o “assalto” aos aposentados e pensionistas

O dia do trabalho e a missão essencial da advocacia. Por Luiz Flávio Borges D’Urso

Filosofia e mitologia são incompatíveis? Por Soraya Câmara

MARCADO:DrogasLiberação da maconhaSTF
Compartilhe este artigo
Facebook Twitter Whatsapp Whatsapp LinkedIn Telegram Email Print
Compartilhar
Por Dinovan Dumas
Sócio do MFDB Advogados
Artigo Anterior Olimpíadas de Paris 2024: Entre a Magia da Abertura e os Desafios do Evento ao Ar Livre. Por Ricardo Cavalcanti
Próximo Artigo Darcy Reis e o especial que eu não queria ouvir. Por Sérgio Barbalho
1 Comentário 1 Comentário
  • Pingback: Além da Maconha: decisão do STF sobre descriminalização reflete uma nova era para os Direitos Humanos – MFBD

Clique aqui para cancelar a resposta.

Acesse para Comentar.

Fique conectado!

FacebookLike
TwitterSeguir
InstagramSeguir
- Publicidade -
Ad image

Últimos artigos

Golden Visa: O Passaporte para Investir no Mercado Imobiliário Brasileiro. Por Guilherme Topal
Autores de G a H Brasil Economia Mercado Imobiliário
Liberdade é fundamental! Você é livre? Por Sorayah Câmara
Autores de S a T
Brasil em Risco: A Cura Contra o Avanço Socialista. Por Ricardo Sayeg
Autores de Q a R Brasil Justiça Política
Nova NR-1: saúde mental deixa de ser tabu e entra na pauta regulatória das empresas. Por Vivian Muniz
Autores de U a V Brasil Cultura Saúde

Você pode gostar também

Autores de Q a RDireitoPolítica

Ordens Ilegais. Por Ribas Paiva

abril 28, 2025
Autores de C a DDireitoJustiça

Toda discriminação religiosa é odiosa. Por Cesar Dario

abril 28, 2025
Autores de E a FDireitoSocial

Vivemos um Choque de Gerações? Por Elizabeth Leão

abril 25, 2025
DireitoMercado Imobiliário

Mulheres 60+: Como o Mercado Imobiliário Está se Adaptando ao Envelhecimento Ativo. Por Guilherme Topal

abril 25, 2025

Receba nossos artigos.

Fique por dentro das opiniões mais importantes que influenciam decisões e estratégias no Brasil.

Siga-nos
© 2025 ORBISNEWS | O maior portal de artigos do Brasil. Todos os direitos reservados.
  • Advertise
Bem vindo de volta!

Faça login em sua conta

Perdeu sua senha?