Nosso “maratonico” Campeonato Brasileiro começou no último final de semana e a arbitragem já deu o quê falar e, claro, preocupar.
Quem comanda a arbitragem na CBF é o Wilson Luiz Seneme, que foi árbitro e hoje preside a Comissão de Arbitragem da CBF e também é um dos dez membros do Comitê de Arbitragem da FIFA e preside o Comitê de Arbitragem da CONMEBOL.
Portanto, é do ramo e com certeza já analisou todos os relatórios dos jogos da primeira rodada do Brasileirão e acredito até uma vídeo/conferência com os árbitros que atuaram no último final de semana.
Assisti pela televisão vários jogos e também inúmeros programas esportivos que discutiram o quê aconteceu nessa rodada inaugural. Análises das partidas e das arbitragens.
Seneme e seus auxiliares certamente viram jogos, lances polêmicos e intervenções do VAR.
VAR (Vídeo Assistent Referee em inglês e Árbitro Assistente de Vídeo em português) que foi criado para AUXILIAR o árbitro nas partidas de futebol.
Fica bem claro, portanto, que o VAR e toda a sua tecnologia foram criados para AUXILIAR o apitador.
Esse auxílio é ser passado pela comunicação por sistema de rádio entre o árbitro e o que comanda o Var e dois assistentes.
Então está claro que a última palavra é do ÁRBITRO DE CAMPO.
Inclusive o árbitro de campo pode recusar ir à cabine para ver as imagens, muitas vezes a gente o observa fazendo um sinal que a decisão é dele e já está tomada.
Insisto mais uma vez. Toco sempre nesse assunto. Em várias palestras que fiz em aberturas de cursos de arbitragem da Escola de Árbitros Flávio Iazzeti na Federação Paulista de Futebol (da qual meu pai foi um dos Fundadores) sempre abria a palestra dizendo aos futuros apitadores: “A OBRIGAÇÃO DE TERMINAR AS PARTIDAS COM VINTE E DOIS JOGADORES EM CAMPO, NÃO É DO ÁRBITRO”.
Outra recomendação: APLICAÇÃO DOS CARTÕES. O amarelo de advertência e o vermelho de expulsão
Isso está bem claro.
O problema que acontece nesses momentos é o CIRCO armado pelos jogadores e pelo pessoal do banco impedindo-o de ouvir seu auxiliar do VAR. É pressão, jogadores reclamando e impedindo-o de ouvir o quê o pessoal da cabine está dizendo,
Assistam partidas da Europa de vários campeonatos e comparem esses momentos de lá com os daqui. Comparem as reclamações dos jogadores em vários lances, as suas reclamações acintosas e muitas vezes dramáticas pressionando o árbitro ou os seus assistentes.
Observem o tempo que se perde de jogo e que quase sempre não é acrescido nos descontos após os 45 minutos de cada tempo.
Em razão disso também defendo, faz tempo, como no basquete definição de tempo de bola em jogo. No futebol 35 minutos cada tempo.
E mais: jogador caiu necessária a entrada do médico e do massagista. Entrada da maca em campo imediata também. Conforme a contusão, retirada imediata do atleta para fora do campo. Casos de batida de cabeça não. Na malandragem, saída de campo imediata na maca e reinício da partida. Se o atendimento foi no campo, após a recuperação, sai do campo e só volta na próxima parada de bola ou, a critério do apitador, quando ele autorizar a entrada mesmo com a bola rolando.
Permitam-me sonhar com essas coisas.
Sonhar não é proibido.