Dorival Júnior, novo técnico da Seleção Brasileira de Futebol, começa seu trabalho prá valer no mês que vem, ou, mais precisamente, no dia 1 de março, quando divulga sua primeira lista de convocados para dois amistosos que a Seleção fará na Europa, contra a Inglaterra, em Wembley, Londres, (dia 23) e contra a Espanha, em Madrid, no estádio Santiago Bernabéu (dia 26). Para muitos jornalistas esportivos do primeiro escalão, o ex-técnico do São Paulo não teria competência para assumir essa responsabilidade, porque não atingiu o nível ideal para ser o treinador principal de uma seleção que é pentacampeã do mundo. Na minha opinião, no entanto, ele tem sim não só capacidade, mas também um excelente currículo como treinador, para ocupar esse cargo. Com 61 anos vividos quase sempre participando do futebol como jogador e depois como técnico, ele foi campeão muitas vezes como técnico (doze vezes, para ser mais preciso). Ganhou estaduais (um com o Athlético Paranaense e dois com o Santos); três Copas do Brasil (Santos, Flamengo e São Paulo); uma Libertadores com o Flamengo). Na verdade, entre os atuais treinadores do futebol brasileiro, ele era mesmo a bola da vez. Dorival tinha esse direito e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, fez justiça a ele e o convidou. Então, ao invés de criticas precipitadas, vamos deixá-lo fazer seu trabalho e, depois de algum tempo, aí sim, vamos decidir se ele tinha ou não competência para assumir esse cargo.
No próximo dia primeiro de março, uma sexta- feira, Dorival fará sua primeira convocação. É que a Seleção tem dois importantes amistosos acertados (como disse acima) e Dorival precisará caprichar na escolha que vai fazer, porque ganhar de Inglaterra e Espanha lá na Europa, não é missão fácil para ninguém. Lógico que o novo técnico da Seleção já tem anotados os nomes que estarão na sua primeira lista. Segundo informações, ele tem 35 nomes em sua pré- lista, mas só poderá levar 23 para esta rápida excursão pelo Velho Continente. Para o gol, ele tem três nomes mais ou menos certos: Ederson, do Manchester City, Weverton do Palmeiras e Bento, do Athlético Paranaense. Na defesa deve optar por Danilo,da Juventus, Ian Colt, do Girona da Itália, Brenner, da Juventus, Beraldo e Marquinhos, do PSG. . Gabriel Magalhães, do Arsenal, e Murilo, do Nottingham Forest. No meio campo, Andreas Pereira, do Fulham, André, do Fluminense, Casemiro, do Manchester United, Zé Raphael, do Palmeiras, Douglas Luiz, do Aston Villa, Rafael Veiga, do Palmeiras, e Lucas Paquetá , do Westerham. Para o ataque deve chamar Endrick, do Palmeiras,Gabriel Jesus, do Arsenal, Vitor Roque, do Barcelona, Pedro, do Flamengo, Rodrigo e Vini Junior, do Real Madrid.
Lógico que esta é uma relação provisória dos nomes que Dorival deve convocar. Um ou outro nome pode ser riscado e outro jogador será chamado. Importante é não superar o limite de vinte e três definido pela CBF. Pelo que tenho visto através da TV, todos estes jogadores têm qualidade para defender nossa seleção. Em alguns casos, fosse eu o técnico, chamaria Rafael, do São Paulo, ao invés de Bento, do Athlético PR. Mas como o técnico é o Dorival, vamos respeitar sua escolha.
Como todo técnico que assume a Seleção, Dorival Júnior também terá direito a levar consigo três ou quatro profissionais, que comporão com ele a comissão técnica da seleção. Ele terá seu filho Lucas Silvestre, que já o ajudou no São Paulo, e Pedro Soteri, como auxiliares diretos. E escolheu Celso Resende para ser o responsável pelo preparo físico. Dorival é muito hábil para comandar elencos de jogadores, mesmo quando entre eles estão alguns dos jogadores mais badalados do Brasil e da Europa. Ele é um técnico de diálogo fácil, que sabe como conversar com o elenco, que trata bem tanto titulares como reservas, e que, dificilmente, provoca áreas de atrito com seus comandados. Dorival tem um esquema de jogo moderno e eficiente, que os atletas assimilam com facilidade e que, em quase todos os jogos, envolve o adversário e sempre os supera no toque de bola e no espírito dentro de campo. Em razão disso, acredito que Dorival Júnior vá recuperar a Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa (por culpa de Fernando Diniz, ela está em sexto lugar na classificação geral) e tem tudo para disputar com competência a Copa do Mundo de 2026 que será disputada em três país, Estados Unidos, Canadá e México. Quanto a ganhar o título, acho até que pode acontecer. Mas vai depender de uma série de fatores que poderão ou não ajudar Dorival neste projeto. Mas que ele fará um trabalho superior ao de Tite, eu não tenho nenhuma dúvida. Podem acreditar.