Até muito recentemente, senão a primeira, a Coca-Cola, figurava entre as marcas mais valiosas do mundo, num ranking onde apareciam ( e devem aparecer, mas não com tanto destaque) a Xerox e IBM. Estar na tela mundial das bolsas de valores e investidores atentos a bons negócios é motivo para fazer qualquer agente financeiro sorrir (ou chorar). Afinal, nesses casos são bilhões de dólares que estão em jogo.
Mas, o que leva marcas alcançarem esses patamares? Especialistas em branding (valor de marca) tem suas cartilhas prontas para serem aplicadas a favor dos seus clientes. Em síntese pode-se dizer que uma marca só ascensiona quando tem reputação, levando-se em conta qualidade de seus serviços ou produtos, logística e, sobretudo, ações de marketing e publicidade – há até fórmulas matemáticas para valorar marcas. Os fatores acessórios nesse processo são, como exemplo, a criação de vínculos duradouros com seus clientes, posicionamento definido em relação ao mercado e ações de comunicação e relacionamento junto ao seu público-alvo. Só para nos atermos nesse tema da área doméstica, o Brasil tem um longo ranking de empresas que souberam ( e sabem) valorizar seu branding. A título de conhecimento, as marcas mais valorizadas são: Itaú: R$ 44,3 bilhões; Bradesco: R$ 28,6 bilhões; Skol: R$ 18,8; bilhões; Brahma: R$ 13,3 bilhões; Banco do Brasil: R$ 10,3 bilhões; Natura: R$ 9,7 bilhões; Nubank: R$ 3,9 bilhões; Petrobras: R$ 3,5 bilhões; Magazine Luiza: R$ 3,0 bilhões e Vivo: R$ 3,0 bilhões. Atenção: não se fie totalmente nessa relação. O cenário, nestes últimos anos tem sofrido alterações surpreendentes. O mundo passou por uma pandemia, seguido de guerras regionalizadas vigentes até os dias presentes e, para somar, novos hábitos e costumes foram introduzidos na população. Esse somatório de ocorrências faz muita diferença. Quem se aprofundar nessa matéria encontrará, com certeza, outras variantes. O motivo principal é o da movimentação da Bolsa de Valores. Subir ou descer nessa gangorra é questão de dias ou até horas. Basta o anúncio de uma fusão, incorporação ou dificuldade financeira para criar-se um “melê” na área. Vide os casos das lojas Americanas, Tok Stok e Lojas Mariza, para ficar nos exemplos mais recentes.
O relevante na abordagem desta coluna é fazer ver que, mesmo com fatores adversos, as estratégias adotadas pelo marketing e pela publicidade das empresas podem ser revistas, mas jamais abandonadas, sob pena de desaparecerem do mercado.
Antoninho Rossini – Jornalista e Escritor